Contos são animais diferentes e únicos…
Comecei minha carreira escrevendo contos e participando de coletâneas, concursos e de revistas diversas.
O que me apaixona em um conto é que você tem uma narrativa mínima de impacto máximo, pura emoção em poucas linhas.
No entanto, no meu caso a vontade de aprofundar os personagens e criar histórias mais complexas foi aumentando, e migrei para romances e livros infantis e infantojuvenis. Inclusive meu primeiro livro infantil, “A Verdadeira História de Papai Noel”, nasceu como um conto premiado no concurso SESC de contos infantis.
Nem todo escritor segue este caminho. O (maravilhoso!) escritor argentino Jorge Luis Borges escreveu apenas contos em toda sua carreira. Só calhou de acontecer comigo.
Independente do caminho que você vai seguir, sugiro que comece com contos. Quem escreve bons contos pode escrever qualquer coisa que desejar!
Minha última aventura nesta área foi o conto “Fim de Quarentena”, que me rendeu um importante aprendizado: cortar, cortar e cortar! O conto que originalmente escrevi tinha 11 páginas, em espaçamento normal. Quando fui inscrevê-lo em um concurso do Sindicato dos Escritores do Distrito Federal, descobri que o limite era de 2 páginas, e em espaçamento 1,5… Cortei tudo o que podia cortar, até o osso da história, e consegui diminuir até o tamanho que o prêmio pedia). Resultado? O primeiro lugar no Prêmio Alan Viggiano em 2021.
Leia a versão original do conto, e depois compare com a versão após os cortes.











